segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Gran Turismo: Seu legado e evolução! (Parte 1)






Que Gran Turismo é uma das mais(senão a mais importante) franquia de jogos de esporte a motor isso ninguém duvida, mas será que nós temos a real noção disso?

Claro que nem Sony, nem Polyphony, nem Kazunori Yamauchi, nem ninguém podiam imaginavar que esta série hoje estaria aos pés de seu sétimo jogo(fora as versões "Prologue" e de salões do Automóvel), em 4k e com todas as premissas vistas no vídeo de apresentação de Gran Turismo Sport.

Trailer de GT Sport abaixo!



Neste artigo vamos puxar a nostalgia e falar sobre a evolução dos dois primeiros jogos, com fotos e vídeos, claro. Então prepare o lenço, acalme o coração, solte o freio de mão e vamos acelerar rumo ao primeiro lugar!

Com a primeira metade dos anos 90, tínhamos a era dos 16bits que imperavam, com a guerra declarada entre Sega x Nintendo, com jogos que nos enchiam os olhos, como Super Mario de um lado, Sonic do outro, capitaneando suas empresas, suas bandeiras, e junto deles, uma infinidade de outros games espetaculares, e os jogos de corrida, claro, não poderiam ficar de fora!





E no longínquo ano de 1992, Kazunori Yamauchi reuniu a galera responsável que montaria o primeiro Gran Turismo, cinco anos depois!  Pois em 1992, o Playstation ainda era um conceito, sendo que  só seria lançado no final de 1994 no Japão. O jogo em si, claro, precisou além do tempo para ser concebido, da tecnologia necessária, pois é impensável imaginar um jogo como tal, na era 16bits.

Com o sucesso de jogos de corrida como Formula 1 e Need For Speed, a Sony viu que poderia dar certo sim investir nesta área e sabendo da ideia de Kazunori, foi como juntar a fome com a vontade de comer! O jogo, apesar de se auto proclamar simulador, tem uma área totalmente arcade, independente da versão em simulador, onde você pode simplesmente acelerar para desbloquear novos carros e pistas.

Capa norte americana


O modo simulação apresentava seu grande trunfo. Você era obrigado a tirar a carteira de motorista para poder fazer os campeonatos, principalmente os mais avançados, e não duvido, que até hoje, seja o jogo mais difícil da franquia a tirar a carteira, pois me lembro de passar horas e horas refazendo e sem sucesso algum para conseguir tirar meros bronzes.



O jogo veio com 10 marcas oficiais de carros para escolher com 178 carros disponíveis. As marcas são:

Aston Martin
Chevrolet
Dodge
TVR
Subaru
Mitsubishi
Honda / Acura
Toyota
Mazda
Nissan


Quem nunca quis?

Quem nunca quis?(2)



























GO RACE!
















Com relação a pistas, veio com clássicos usados até hoje, como Autumn Ring, Grand Valley, High Speed Ring, Trial Mountain, Deep Forest, entre outros. Cada um ao seu estilo, como High Speed Ring, com suas curvas inclinadas, uma excelente pista para teste de aerodinâmica, Grand Valley com uma primeira curva importantíssima e que em seu traçado maior é um verdadeiro teste de direção.

O jogo alcançou logo de cara a absurda marca de mais de dez milhões de unidades vendidas ao redor do mundo. O primeiro jogo da franquia chegou ditando regras de como viria a ser o futuro dos jogos de corrida, fora as notas impressionantes das revistas especializadas em games, como a IGN que deu 9.33, a Gamespot deu 8.6 e a Edge deu 10. (Só pra se situarem)

Este jogo marcou tanto, que o programa Top Gear da BBC, o elegeu como o maior jogo de corrida de todos os tempos, confira a matéria completa clicando aqui!

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Para muitos (e para este que vos escreve também) o melhor jogo da franquia até hoje! Gran Turismo 2 chegou de forma arrebatadora, pois agora, tanto Sony, tanto Polyphony sabiam exatamente o que fazer pra criar o jogo ideal para PS1!

Pra começar, o jogo vinha com dois discos, um só de Arcade e outro só de Simulação, o que aumentou e muito a imersão proporcionada ao jogo, pois tudo neste jogo ficou maior. A quantidade de carros, pistas , marcas, campeonatos, tudo neste jogo aumentou em proporções que realmente deixou todo mundo maluco. Mas talvez o ponto principal de Gran Turismo 2 seja a evolução de sua jogabilidade, deixando os carros muito mais fluidos e com mais cara de ser um simulador para consoles.

Vale ressaltar o modo rally presente no jogo, algo bastante ousado por se tratar de um estilo de corrida muito diferente, uma mecânica muito diferente, e foi muito bem trazido por GT2, onde a aceitação foi total, tanto que está até hoje na franquia!

E confira o vídeo abaixo com a seleção dos carros de rally para este jogo, é bem surpreendente!




Com gráficos muito melhorados em relação ao primeiro, GT2 marcou a vida de milhões de pessoas, tanto que muita gente passou horas e horas nas concessionárias comprando, vendendo ou simplesmente admirando os 650 carros, divididos em 36 marcas no jogo! Marcas como RUF, BMW, Volkswagen, Audi, Peugeot, FIAT, Venturi, Citroen, Ford entre outras eram algumas das novidades que traziam seus bólidos para este jogo.

Outro ponto alucinante foram os carros de corrida presentes no jogo, carros de categoria como DTM, JGTC e WRC estavam presentes, fora os carros de corridas de longa duração, como 24hs de Le Mans e 12hs de Sebring!

As pistas também merecem um capítulo a parte neste jogo, pois além das novas adicionadas, como Roma(uma diurna e uma noturna, que aliás, sinto falta dela nos jogos mais novos), Seattle, Red Rock, entre outras, tivemos pistas de rally sendo colocadas no jogo, como Tahiti, Pikes Peak e Smokey Montain North. Além da adição de Laguna Seca, totalizando a marca de 27 pistas presentes no jogo.

O jogo não bateu as vendas de GT1, teve quase nove milhões e meio de vendas, mas com certeza arrebatou o mundo e se consolidou como uma franquia forte no PS1, com dois excelentes jogos lançados, muita gente se divertiu por horas e horas jogando Gran Turismo!

Quem nunca comprou este CANHÃO?
Mercedes CLK FIA GT: Um dos carros secretos do jogo. 

Meu Skyline favorito!
Após aparecer em Need For Speed II, o Ford GT90 deu as caras em GT2!

Roma noturna, que saudade...!



Na próxima parte, não perca sobre Gran Turismo 3 e os primeiros jogos "spin off" da série!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Castlevania na Netflix: O que eu gostaria de ver?

Essa pergunta eu tenho me feito desde que saiu essa BOMBA no último dia 8/02, leia mais com a matéria do site do Jovem Nerd, clicando aqui.

Leia este artigo ouvindo estas duas trilhas sonoras, e mesmo terminando, continue ouvindo, assim, estará completamente imergido no contexto desta magnífica série!




Tendo lido sobre no Jovem Nerd e em outros locais, pois essa notícia fez a internet explodir, eu resolvi vir aqui e pensar o que EU faria se me dessem a chance de produzir uma série sobre Castlevania.

PS: No fim do artigo, eu vou por o que eu acho que vai acontecer, da sinopse e se eu acho que a série será boa.

Como amante do universo Castlevania que sou(alto lá, só joguei SOTN, Super Castlevania IV, Dracula X de Snes e muito mal o Bloodlines), fico imensamente feliz em ver que esse universo vai para as telinhas, porém, eu venho aqui pra colocar o que eu adoraria ver desse universo na TV, vamos lá!

1 - Trilha sonora composta pela equipe de Harmony of Despair

Se eu não conhecesse a trilha sonora deste jogo, de cara iria facilmente na equipe(de quase uma pessoa só) de SOTN, mas o jogo citado, fã service que é, tem uma trilha sonora com musicas inéditas e regravações lindíssima de clássicos, inclusive, com Michiru Yamane, a compositora da jóia de SOTN.





2 - Clã Belmont

O clã de guerreiros designados a enfrentar Dracula, era após era, de 100 em 100 anos, com suas forças sobre humanas, sendo os únicos a trajar a lendária Vampire Killer! Quem será o primeiro Belmont a estar na série do Netflix? Leon? Trevor? Cristopher? Ricther? (Isso diz demais de onde a história vai começar)




3 - A Morte

Sim, ela, em termos de importância, óbvio que fica abaixo de Dracula, dos Belmont(não de todos) e de Alucard, porém, a personagem morte, presente em jogos como Akumako Dracula X, Symphony of the Night e outros, merece sim estar nesta série. Aliás, seria genial se em algum momento, tivesse a seguinte frase "Ahhhhhhhhhhhhh Alucard, what's your business here?". Admito, eu iria a loucura...





4 - O castelo de Dracula

"NOOOOOOOOOSSA, MAS É ÓÓÓÓÓBVIO QUE VAI TER O CASTEEEEELO!"
Calma lá jovem aspirante a vampiro, eu sei, mas nesta série, eu tenho a impressão de que o castelo do querido Draculão, pode vir a ser um tanto quanto diferente do que estamos acostumados. Digo isso pois tenho uma impressão que eu tenho é que talvez usem um pouco da arte de SOTN e ao fazerem isso, não duvido que o castelo de Dracula venha com muitos vitrais e cheios de imagens religiosas, o que pode causar até (como diria o Roberto Avallone), polêmicas!





5 - Muita luxuosidade


Talvez a maior marca de Castlevania, seja na época do NES, ou do Snes/Mega Drive, ou dos portáteis, das gerações mais atuais, enfim. Algo em comum em qualquer jogo da série é a luxuosidade em demonstrar os cenários, os locais por onde você estava indo, algum personagem. A série sempre deixou isso muito claro, não átoa, a quantidade de papéis de parede com artes da série, dos jogos mais antigos, aos mais novos. Portanto, não duvido que visualmente falando, seja uma série belíssima(e cara).



6 - Referências

Claro, já que nunca esteve tanto na moda, vamos entupir a série de referências(uma eu já coloquei acima), principalmente dos jogos mais aclamados, como frases, momentos, ou imagens que nos remetam aos jogos clássicos, pois isso funciona!





7 - Quest do herói

Em todo santo jogo da série que se preze, você tem a famosa saga do herói, em que ele começa sem nada e você vai "melhorando" seu personagem, adquirindo novos poderes, novas magias, novas armas.  (Seria interessante algo como em SOTN)



8 - Respeitar uma cronologia


Meio óbvio, mas assim como na franquia Mortal Kombat, Castlevania tem um universo rico, mas incrivelmente bagunçado, com direito a reboots, personagem que era canônico que deixou de ser canônico e vice e versa. Que a série monte uma cronologia e que a partir dela siga uma linha clara. Ou que pegue a da franquia e vá se baseando mesmo, mas que seja algo já na forma pra que não nos presenteie com verdadeiras pérolas. Ou que vá de Lords of Shadow e chute o balde.



9 - Personagens clássicos

Como não se sabe nada da série, existe a possibilidade de termos personagens novos, o que na minha opinião não seria de se estranhar, porém, para os fãs mais xiitas, isso pode soar muito negativamente, e mesmo que sejam bons personagens, a chance de sofrerem rejeição de imediato é grande. Mas acho que personagens clássicos estarão sim presentes na série, claro.



10 - Dracula badass

Independente de onde a série focar em seu início, sabemos que o Dracula será o personagem mais aguardado, talvez apenas ofuscado por Alucard, mas acho que é sentimento de toda a nação de que queremos o Conde Dracula chutando o balde nesta série. Um Vampiro malígno de verdade, ardiloso, maquiavélico, que não poupa ninguém de sofrer, que não mede esforços para conseguir seus objetivos, que é verdadeiramente do mal!


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Terminada esta parte onde falo do que eu gostaria de ver na série , agora eu vou colocar aqui embaixo o que eu acho que vai ser da série.

Apesar de eu amar Castlevania, não sei se a série vai dar certo, pois atualmente, ela está em um nível entre Megaman e Sonic, onde o azul da Capcom já foi enterrado e o azul da Sega tá tentando emplacar com dois jogos novos.

A série em si não vai ser uma série barata, pois o tema de Vampiro, por si só já requer muita luxuosidade visual, e como Castlevania bebeu da fonte da versão de Bram Stocker, a série não virá com budgett tão baixo, até pela razão de que a série em si terá cada vez mais hype.

O ponto de partida é crucial, pois apesar de que podemos dizer que a série está pronta, o pessoal que cuida da série pode chegar a umas conclusões de onde começar:

1 - Lamment of Innocence: Jogo em que retrata o início da cronologia oficial, onde mostra de maneira muito boa como as coisas aconteceram, seria ótimo para servir de entrada para uma segunda temporada bem "pé na porta"

2 - Vampire Killer: O primeiro jogo lançado, no ano de 1986 para MSX2, onde conta a história de Simon Belmont em sua jornada para destruir Dracula.

3 - Lords of Shadow: Seria uma opção absurda, porém, não me seria a mais bizarra, por se tratar de um reboot, e esta aqui por além de ser um reboot, o primeiro jogo é fantástico.

4 - Dracula X e Symphony of the Night: Dentre as opções de enredo pronto, esta é a mais insana, bizarra e a que pode dar mais certo. Estes dois jogos estão nas listas de melhores jogos da franquia e também na de melhores jogos de todos os tempos. Dracula X conta a história de como Richter Belmont teve que se virar pra salvar sua vila e sua amada das garras de Dracula. Já SOTN conta o que rolou depois, com a entrada de Alucard para resolver a situação escabrosa que foi se formando com o passar do tempo, após Dracula X.

5 - Um novo começo: O que não seria de estranhar, mas deixaria muita gente revoltada. Um novo começo, uma nova história, novos personagens, uma nova mitologia de Castlevania. Tudo é possível e como dito acima, não se sabe de nada sobre o que virá, essa é uma possibilidade.

E aí? O que acha? Comente aqui embaixo, será que Castlevania, a série, vai vingar?

Quer saber mais sobre Castlevania?






terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

(Repost)Niki Lauda - O ano de 1984





(Antes de começar, vale a explicação, este artigo foi publicado no dia 24/03/2015 no Blog da querida Débora Longen e eu sempre quis homenageá-la publicando novamente este artigo, pois ela depois acabou, através deste artigo, me indicando para escrever em um portal, o Torcedores.com)

Olá a todos.
Bom, resolvi vir aqui e escrever um pouco, e estive pensando no que escrever, em qual tema? Alguma corrida? Alguma equipe? Alguma “treta”?
A resposta não demorou muito a vir em minha mente, pois como estou assistindo corridas antigas de Fórmula 1 e assisti a temporada “título” desta coluna, pensei com meus botões: “Lauda em 1984”.

Ora, mas por quê? Quais as razões? Não vai falar de Senna?

Decidi escrever sobre essa temporada, pois foi a que terminei de ver, e por ter sido o tri de Lauda, “the computer man”.





O panorama era o seguinte:
A Mclaren vinha com seus novos motores “Tag Porsche” que estrearam em 1983 em Zandvoort (assim como a Williams fez com os motores Honda), para no ano seguinte estar tudo prontinho, e assim o foi, pois desde o começo da temporada, se via que os carros de Ron Dennis eram os melhores, seja pelo motor, seja pela parte tecnológica, seja pela aerodinâmica, seja pelo conjunto da obra.
Para o austríaco seria uma temporada em que teria um novo companheiro de equipe. Alain Prost saiu da Renault e se mudou pra Inglaterra. Se sabia que o francês era muito veloz, mas ao mesmo tempo era azarado que só, pois vinha de dois vices campeonatos seguidos. O de 1982 em que Keke Rosberg foi o campeão vencendo apenas uma corrida (Suíça) e em 1983, onde também tinha o carro mais rápido, mas Nelson Piquet, da Brabham, foi bicampeão em um final de temporada cirúrgico.

Vamos lá, vamos começar a destrinchar esta temporada, para vermos como Lauda conseguiu o seu tri-campeonato.

Na primeira prova do ano, em Jacarepaguá, Elio de Angelis, da Lotus, foi o pole, Prost largou em quarto e Lauda em sexto.
Disputada sobre um calor terrível, um a um os carros foram apresentando problemas, até que Prost conquistou 9 pontos, já Lauda teve problemas, mas isso mudaria em Kyalami.

Em termos de traçado, eram parecidos os circuitos da África do Sul e o que se corria aqui no Brasil, o de Jacarepaguá. Trechos de alta velocidade, um circuito desafiador para motores, ou seja, mais uma corrida de resistência, porém, tudo mudaria nessa corrida por um pequeno fator que se tornou primordial.
Prost teve problemas e teve que largar de último, enquanto Lauda saiu de oitavo. Ambos deram um show nesse dia, enquanto Lauda assumia a ponta e sumia com relação aos seus concorrentes, o francês ultrapassou um a um e terminou em segundo lugar. Com certeza todos da equipe ficaram muito contentes, pois ali se teve a certeza de que o ano seria da equipe inglesa.(Derek Warwick, da Renault, chegou uma volta atrás, em terceiro)

Em Zolder a vitória ficou com Michele Alboreto, da Ferrari, e foi uma vitória que deixou todos espantados, pois a equipe italiana tinha começado o campeonato de uma maneira muito esquisita, e o carro claramente não tinha a mesma combatividade do ano anterior. Isso, somado ao fato de que a corrida seguinte seria em Imola, deixou os “tifose” malucos da vida.

Pena que no caminho tinha uma Mclaren, que venceu em Imola, com Prost. Sobrou “saudar” o segundo colocado, o também francês René Arnoux, que era muito “amigo” de Prost, diga-se de passagem. Lauda abandonou. “E Alboreto?” pergunta você, amigo leitor. Largou em décimo terceiro e abandonou na volta 23.
Com isso, o campeonato apresentava a seguinte situação de pontos.
Prost tinha 24 pontos, com Warwick tendo 13 pontos. Lauda vinha com 9 pontos empatado com Alboreto, na quinta posição.

A prova seguinte foi na França, este ano disputada em Dijon, um circuito curto, estreito, de curvas longas e de alta velocidade, era perfeito para Prost vencer, conseguir mais um triunfo na sua casa, porém...

... Lauda venceu, sendo que a sua última vitória em terreno francês foi em 1975, e pode-se dizer que essa corrida marcou o nascimento do austríaco para conquistar o tri-campeonato. E olha que o rapaz largou em nono. Era uma característica de Niki, largar no meio do grid e vir escalando o pelotão, me fez lembrar um certo americano baixinho, feio, que em 1994 teve um canhão nas mãos na Indy e que não deu chance a ninguém... mas isso é outra história!  ;)

De quinto, Niki pulou para vice líder no campeonato, com 18 pontos. Prost teve uma prova ruim, com problemas, e terminou em sétimo lugar, ou seja, manteve seus 24 pontos.

Próxima prova... Monaco.
Sim, meus caros, Monaco 1984, para muitos (e para mim também), uma das provas onde um piloto (ou mais de um) mais se sobressaiu com relação aos outros – falo de Senna e Belloff, mas eles não os meus alvos, não hoje, ficam para um outro dia, principalmente o alemão.

A corrida foi marcada pela politicagem na categoria, apesar de eu concordar que sim, a chuva tinha apertado um bocado quando a prova foi paralisada, mas também devo lembrar que não era um circuito permanente, e sim Monaco. Prost venceu aquela corrida que ficaria marcada de maneira amarga na sua vida para sempre, pois como não completou os 75% da corrida (o que teria acontecido se a prova tivesse andado mais duas, três voltas), os pontos foram dados pela metade, ou seja, Prost faturou 4,5 pontos (quatro pontos e meio), Senna, três, Arnoux dois, Rosberg 1,5 (um e meio), de Angelis um e com meio ponto, Alboreto. Lauda rodou no Cassino e abandonou.





O campeonato seguiu indo para o Canadá, circuito Gilles Villeneuve, e outro piloto dava a entender que poderia brigar pelo campeonato. Nelson Piquet conseguiu fazer a pole position e venceu a prova, com Lauda chegando pouco mais de dois segundos atrás, Prost em terceiro.
Piquet teve um ano difícil, o carro era muito bom, digo que em termos de carro em, era tão bom quanto a McLaren, mas o motor BMW era frágil demais e quebrava uma corrida atrás da outra, o que prejudicou muito o campeonato do atual bicampeão. O que espantou, em contrapartida, foi o fato de que, se o carro quebrava muito, em classificação era imbatível, pois o brasileiro cravou NOVE poles. No caso, nos circuitos de Kyalami, Imola, Montreal, Detroit, Brands Hatch, Österreichring, Monza, Nurburgring e no Estoril. 




E já digo: Piquet venceu a segunda seguida em Detroit, dando muita esperança de que realmente o tri viria, mas não passou disso – depois as quebras voltaram e Piquet não conseguiu mais vencer, mas ainda conseguiu um segundo na Áustria, um terceiro em Brands Hacth e terminar em sexto no Estoril, conseguindo assim terminar o campeonato com 29 pontos, na quinta posição.

Voltando à disputa do título, Prost terminou em quarto e Lauda abandonou. Isso quer dizer que Prost tinha 34,5 pontos e Lauda 24. De Angelis era o terceiro com 19 pontos, em um esplêndido campeonato, terminando as provas sempre nos pontos.

Outra prova que merece destaque no ano de 1984 é a de Dallas. Pela primeira vez a categoria pisava em solo texano, o que carinhosamente é conhecido como “um outro país dentro dos Estados Unidos”. A prova era aguardada, pois se sabia-se que seria uma maratona de muitíssimo calor, e assim foi durante todo o fim de semana, mas o grande detalhe foi o que aconteceu domingo de manhã.
Os organizadores da corrida tiveram que correr contra o tempo, pois simplesmente os remendos que já tinham sido colocados estavam se soltando, tiveram que se apressar, o asfalto começava a se soltar em determinados pontos do circuito, ajudado pelas provas preliminares.
Após uma verdadeira maratona, com quase duas horas de corrida disputada sob um calor digno de faraó por a língua pra fora, Keke Rosberg conseguiu vencer, mais do que isso, conseguiu terminar a corrida.
A corrida em si foi tão absurda que as duas McLaren abandonaram, o asfalto se soltou na curva mais lenta do circuito, e o Ghinzani, de Osella, me terminou em quinto lugar. Não preciso nem dizer que o Tio Bernie nunca mais levou a F1 ao Texas, até Austin, em 2012.





O belíssimo circuito de Brands Hatch sediou a décima etapa, com vitória de Lauda, Warwick em segundo e Senna em terceiro lugar. Prost abandonou com problemas de câmbio na volta 37. E pela primeira vez o campeonato colocou os dois pilotos da McLaren em uma situação de combate de fato na tabela de classificação.
Prost 34 x Lauda 33,5

       Senna em (talvez) seu acidente mais forte na carreira(exceção de Imola)


O Grande Prêmio de número 400 da história da F1 foi no sensacional circuito de Österreichring, onde já foi dito aqui que Nelson Piquet fez a pole, e na volta 28, vinha sendo perseguido por Prost, que acabou rodando e batendo. Isso abriu caminho para Lauda conquistar a sua vigésima terceira vitória na categoria, sendo a primeira na sua casa, o que foi muito especial!


Agora Lauda marcava 48 pontos, contra 43,5 de Prost, sendo que o campeonato estava na reta final, já que a prova austríaca foi a décima segunda de dezesseis no campeonato.

A prova seguinte foi na Holanda, em Zandvoort, um circuito esquisito, com uma rela longa, uma primeira curva fechada e um trecho de subidas e descidas. Sem contar que era tido como o autódromo mais mal cuidado do cenário da categoria, e ainda com o fato de ser ao lado do mar e com areia que era habitual no asfalto.
Apesar dos últimos resultados não favoráveis e o fantasma de Vas... vice de novo, Prost não queria se entregar e venceu na Holanda de maneira autoritária!

A McLaren venceu o campeonato de construtores, pois além da vitória de Prost, Lauda foi o segundo colocado, garantido assim, com três provas de antecedência, o caneco de campeã de equipes.

Sempre dramático, o mítico circuito de Monza protagonizou uma das corridas mais tensas do ano.  A vitória foi de Lauda, Prost teve problemas no começo e abandonou, Lauda veio de trás (como sempre) e. perto do final, assumiu a ponta. Os italianos tiveram esperanças, pois Alboreto correu bem e Teo Fabi estava possuído, até abandonar a corrida. Alboreto terminou em segundo e Riccardo Patrese, da Alfa Romeo, terminou em terceiro. (Imaginem o que teria sido se Lauda tivesse abandonado...)
Lauda chegou a incríveis 63 pontos, enquanto Prost tinha 52,5. Ou seja, bastava Lauda “cozinhar o Frango” e estava tudo tranqüilo para o tri!

Durante a fase final do campeonato, foi perguntado a Prost e a Lauda porque deveriam ser os campeões.
Prost disse que já tinha sido vice duas vezes e não queria de jeito nenhum ser vice de novo.
Lauda foi direto, disse que merecia mais do que qualquer um, por estar desenvolvendo este carro desde 1982.
A disputa parecia resolvida, faltavam duas provas, a diferença era de 10,5 pontos e 18 estavam em jogo, mas aí veio um GP da Europa em Nurburgring, que retornava à F1 depois do acidente horroroso do Lauda em 1976.

Pole de Piquet, com Prost em segundo e Lauda em “DÉ-CI-MO QUIN-TO”. A sensação era de que o campeonato não tinha acabado, principalmente depois da qualificação. Prost tinha que lutar pela vitória e apenas pensar na vitória. Lauda tinha que melhorar, precisava ganhar posições e terminar nos pontos.
Resultado... Prost venceu e Lauda chegou em quarto.
Inacreditável!

A prova marcou uma das cenas mais engraçadas e bacanas da história da categoria. Como era comum antigamente, os carros tinham que vir com cautela durante a corrida, ou o piloto ficava a pé. Como era um circuito novo na categoria, não se tinha dados muito precisos, então, alguns carros ficaram sem gasolina no final da prova, entre eles,Michele Alboreto, que cruzou em segundo e Nelson Piquet, que foi o terceiro,terminaram a prova juntos, sem combustível, a cena é tão inusitada que a reação dos dois foi sensacional!
Vídeo aqui!


Com isso, a configuração do campeonato para a última etapa do ano, no Estoril, trazia Lauda com 66 pontos e Prost com 62,5, três pontos e meio a diferença, que era de dez e meio antes da corrida, ou seja, Prost tinha chance de acabar com a sua sina de Vasc... ops, de Porte... ops, de vice.
O circuito do Estoril estreou na F1 e foi muito elogiado por todos, com um belo traçado com curvas de média e baixa velocidade, era ideal para travar bons duelos, e foi o que se viu no Estoril, uma corrida boa, com bons pegas!
Para o campeonato, restava a Prost vencer a corrida e Lauda ter algum problema, pois se sabia, que mesmo largando em décimo primeiro, Lauda viria como sempre veio o ano inteiro, uma prova calma, vindo de trás, se aproveitando dos problemas e ultrapassando na hora certa.
Prost saiu em segundo e venceu a prova, Lauda saiu em décimo primeiro e terminou em segundo, logo, se tornou campeão por 0,5 (meio ponto). Nitidamente, quando assumiu o segundo lugar, o austríaco segurou a onda, passando a virar o suficiente para garantir o título.

A superioridade da McLaren foi tão grande em 1984, que o Elio de Angelis, terceiro colocado no campeonato, fez 34 pontos. A situação fica ainda mais assustadora na tabela de construtores.
McLaren – 143,5 pontos
Ferrari – 57,5 pontos

Minha opinião.
Lauda fez um campeonato perfeito, mesmo não começando bem, apesar da vitória em Kyalami, teve problemas, mas quando engrenou, mostrou toda a sua sabedoria, frieza e destreza para fazer pontos importantíssimos e assumir a ponta no campeonato para não perder mais, na Austria.
Para Prost deve ter sido especial ter tido Lauda como companheiro, pois deve ter aprendido demais. Basta ver como foi o campeonato de 1986, onde visivelmente era um Prost diferente do de 1983, que era muito veloz, mas que não pensava muito em terminar nos pontos, o oposto do que se viu em 86.
Para a McLaren, foi um ano dos sonhos, pois das dezesseis provas do campeonato, levou doze, Prost com sete e Lauda com cinco triunfos, tendo feito também fez três poles, todas com Prost, durante o ano.
Em voltas mais rápidas, foram seis, divididas igualmente entre os dois, ou seja, três para cada.
Foi um belíssimo campeonato. Apesar do domínio da McLaren, foi um campeonato muito bacana, com variações, muitas quebras, muitas disputas e pilotos tendo destaques durante o ano, como Senna, Belloff, Stefan Johansson,  Surer, Boutsen, entre outros, mas optei por citar pilotos novos ou relativamente novos que pilotaram em equipes menores. Sem esquecer a vitória de Rosberg em Dallas, as poles de Piquet, suas duas vitórias e seus bons desempenhos (quando seu carro permitiu). Alboreto, que conseguiu andar à frente de Arnoux e conseguiu bons resultados com um carro que não era uma maravilha. Em declínio, a Renault não deu um carro à altura do ano anterior e não permitiu que Derek Warwick fizesse muito mais do que conseguiu, mas ainda assim conseguiu bons resultados. O mesmo vale pra Lotus e De Angelis, mas com relação a 83, melhorou muito; ainda não foi um carro campeão, mas permitiu ser o “melhor do resto”.

Se chegou até aqui, parabéns! Sei que a coluna não é de um jornalista profissional, mas sim de um amante da velocidade.

Agora o “título” da coluna. Decidi por o nome de Lauda, pois, para mim, pude finalmente compreender a razão de Lauda ser tão idolatrado, a ponto do Galvão Bueno dizer “caminha para ser o MAIOR  DE TODOS OS TEMPOS”, fora os elogios rasgados que foram feitos durante a temporada a este verdadeiro gênio, a este verdadeiro herói da vida. Fora o que ele fez antes e claro, em 76 que virou o belo “Rush”, que já vi umas cinco vezes, e em TODAS, me emociono, principalmente com o final, que no cinema, me fez ir ás lágrimas.

É isso, quero agradecer a todos que puderem ler, dedicar um pouco de seu tempo a esta humilde coluna, quero agradecer à equipe pelo espaço e, quem sabe, virá mais.

Um abraço, fiquem com Deus e até mais.


PS: De bônus, vai aqui uma entrevista da revista Veja a Niki Lauda em 1984.


https://f1gps.wordpress.com/2011/03/07/niki-lauda-1984/

PS2: Vou deixar um gostinho aqui!


                                           Perto da largada, fica em português! 

                                                              Gp de Dallas

O belíssimo Gp de Áustria! (Perto da largada passa para áudio da Globo)


                                                   Etapa final, no Estoril!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Super Bowl LI: O maior de todos!





PS: Para este meio espectador de meia tigela da NFL, que chegou a sua décima primeira decisão assistida, esta foi a maior decisão de todas já vista, ainda mais embasada no narrador "terra brasilis" que nos brindou dizendo ser a maior decisão da história!

Um jogo que caminhava rumo a ser fadado como um dos mais chatos de todas as finais deste esporte, teve em seus últimos 40 minutos uma reviravolta digna de um filme que faria qualquer um ficar nervoso. Com Atlanta Falcons em uma defesa que estava jogando de forma perfeita, o início do que parecia ser um massacre veio em um TD 5 jardas de Devonta Freeman.

A partir disso, a sensação era de que os Falcons alcançariam fácil o Super Bowl, pois viraram o primeiro tempo atropelando com o placar de 21x3. Já os Patriots pareciam bagunçados, desmotivados, com um Tom Brady sendo sacado, combalido, sumariamente derrotado, jogada após jogada, tentativa após tentativa, tudo parecia perdido, ainda mais que no segundo tempo do jogo(terceiro quarto), os Falcons conseguiram uma recepção de 6 jardas com Matt Ryan, somado ao field goal em seguida, conseguiram abrir 28x3, e o mundo inteiro já dava como certa a vitória, apenas um milagre para mudar esse jogo e dar o quinto título a Boston, a consagrar Tom Brady como o maior de todos os tempos... mas o esporte... ah o esporte, essa não ciencia, essa melodia em que as notas não necessariamente saem corretas,  mas alcançam resultados tão belos e admiráveis, ontem nos brindou com uma verdadeira obra de arte digna do Louvre! 

Os Patriots começaram a reagir no TD anotado por James White em uma jogada a 5 jardas por Brady. O detalhe foi que o field goal não foi convertido, ou seja, mesmo com o TD, a sensação era de que New Englans continuava na sua bagunça generalizada!

E veio o quarto quarto, os últimos doze minutos da temporada, prometiam ser alucinantes, mesmo com uma desvantagem de vinte e um pontos, sabíamos que se os Patriots atacassem depressa, teriam uma, uma pequena e quase miserável chance de vencer! 

E eis que a história foi sendo escrita, primeiro em uma conversão de dois pontos feito por Stephen Gostkowski, restando 09:44 para o fim. Com 05:56 para o final, Danny Amendola anota TD em passe de Brady. Ou seja, restavam mais de cinco minutos e a diferença era de 8pts. A miserável chance dos Pats estavam aí e eles a agarraram com unhas e dentes, enquanto Falcons sumiu no jogo, foi totalmente engolido!

Restando  0:57 para o final do jogo, Tom Brady passa para James White converter o TD mais importante do campeonato(até então) e levar o jogo ao impensável placar de 28x26. Os Patriots precisavam acertar a conversão terrestre de 2pts para levar a prorrogação, e os Deuses do esporte, todos eles, foram junto para conversão ser bem sucedida, e assim, termos a primeira prorrogação da história do Super Bowl!Seriam os Patriots capazes da maior virada da história? Os Falcons iriam conseguir a vitória? Quem iria sair vitorioso do jogo mais maluco da história do Super Bowl?

Com os Falcons já entregues, não foi tão difícil assim para os Patriots conseguirem anotar, com 11:02 restando para o final, Brady passou para White e puderam enfim comemorar o quinto título da franquia(todos conquistados neste século), e sem duvida o mais sofrido, e olha que dois anos atrás, contra os Seahawks já tinha sido tremendamente sofrido!E o que falar de Giselo? 

Para muitos, o marido de Gisele Bundchen, para outros, um dos maiores da NFL, e para tantos outros(inclusive pra mim) o maior jogador da NFL de todos os tempos!Brady é tão penta quanto os Patriots, pois os cinco títulos de Brady foram com New England, foram comemorando em Boston, com a mesma camisa, com uma dedicação ímpar de um jogador que não tem mais o que provar!

Confiram os anos em que os Patriots e Brady foram campeões do Super Bowl, contra quem jogaram e o placar:
2002  - Contra Saint Luis Rams, Pats vencem por 20x17
2004  - Contra Carolina Panthers, vitória de 32x29
2005  - Contra Philadelphia Eagles, Pats vencem por 24x21
2015  - Contra Seattle Seahawks, vitória de 28x24 
2017  - Contra Atlanta Falcons,  Pats vencem de 34x28

E para fechar, vamos conferir umas curiosidades sobre Tom Brady e sua carreira:
1 - Quarterback com maior número de atuações em Super Bowl. Foram 7 jogos com 5 títulos!
2 - São 43 passes completos que Brady possui em Super Bowl até o momento.
3 - Em Outubro de 2007, Brady acertou a incrível marca de 20 passes completos.
4 - Em 30 jogos em que, obteve êxito ao virar ou sair do empate no último quarto do jogo.
5 - Conquistou vinte e cinco vitórias em pós temporada.Você acha que eu estou mentindo sobre o Super Bowl LI? Então dê o play abaixo!